“A formação do professor de Língua Portuguesa deve contribuir para a dissipação de toda uma série de mitos e preconceitos sobre a língua” (Marcos Bagno, 2002).
A formação do professor de Língua Materna e as concepções de linguagem: o sujeito, a língua, o texto e o discurso.
Como sinaliza a epígrafe lida, a formação do professor de Língua Materna exige uma compreensão bastante clara e referendada nos estudos da lingüística moderna, sobre a linguagem, o texto e o sujeito, de forma a corrigir distorções e equívocos no tocante aos mitos existentes sobre a língua. Considerando que tudo se dá na linguagem pela linguagem e com a linguagem, por sermos sujeitos de linguagem, portanto dialógicos, e produtores de ideologias, e textos, inicialmente, faz-se necessário contextualizar qual concepção de linguagem adotaremos pra que a nossa fala se ancore de forma a respaldar nossa posição frente ao tema proposto.
Considerando que linguagem é uma palavra polissêmica e por isso mesmo, dotada de sentidos diversos, a lingüística não trabalha com todos os conceitos da mesma. De modo muito amplo, a linguagem é um código de comunicação e pode ser empregada em referência a sistemas gerais de códigos não–humanos e humanos, naturais e artificiais. Assim, outros e outros sentidos e conceitos são dados a linguagem, mas interessa à Linguística enquanto ciência, um conceito que dê conta do tipo de comunicação humana pela qual são perpetuados todos os códigos culturais.