quinta-feira, 18 de agosto de 2011

ARTIGO SOBRE LINGUÍSTICA - ELIENE

Para Ingedore (2005), é a teoria da linguagem verbal, a ciência da linguagem verbal, um sistema linguístico como afirma 3Sauserre na metáfora do jogo de xadrez, o tabuleiro, as peças, as regras de combinação em todos os níveis, abrangendo vários domínios, individual e social, havendo uma focalização muito grande na prática social. Diante disso, se faz necessário compreender a diferença entre a linguística geral e a LA.
Para o 4gerativismo, a língua é um fenômeno criativo constituído por um número finito de regras que permitem ao falante formar um número infinito de sentenças gramaticais, segundo as concepções divulgadas por Chomsky na década de 50, essa teoria contribuiu para o aprimoramento do ensino de línguas no sentido de compreensão mais profunda do funcionamento do sistema da língua estudada bem como as generalizações feitas por tal gramática, o que facilitaria o aprendizado de uma língua estrangeira.
A LA surgiu nos anos 40 deste século. Em 1946 mais precisamente, foi oficialmente reconhecida como disciplina na 5Universidade de Michigan quando o termo foi usado pela primeira vez como subtítulo de uma revista acadêmica, e está intimamente ligada ao contexto sócio-político que se apresentava na América do Norte durante a década de 40. Naquele momento, o mundo passava pela Segunda Grande Guerra e era imprescindível que os soldados americanos aprendessem de modo rápido e eficaz a falar a língua do pacífico e dos outros locais para onde seriam enviados.
A LA, enquanto ciência com metodologia e conceitos próprios, ainda hoje é constantemente questionada pelos estudiosos da área da linguagem. Decorrente do amadurecimento intelectual dos linguistas aplicados, o desenvolvimento da referida disciplina atravessou várias etapas, as quais foram essenciais para uma formação mais consciente do profissional envolvido neste campo nos dias atuais.

3Ferdinand de Saussure (Genebra, 26 de novembro de 1857) foi um linguista e filósofo suíço cujas elaborações teóricas propiciaram o desenvolvimento da linguística enquanto ciência e desencadearam o surgimento do estruturalismo. Além disso, o pensamento de Saussure estimulou muitos dos questionamentos que comparecem na linguística do século XX.

4 O Gerativismo ou Teoria gerativa é uma tentativa de formalização dos fatos linguísticos, aplicando um tratamento matemático preciso, explícito e finito às propriedades das línguas naturais.. Ele foi criado por Noam Chomsky, em oposição ao estruturalismo bloomfieldiano.

5Northern Michigan University é uma universidade localizada na cidade de Marquette, Michigan nos Estados Unidos. Fundado em 1899, é a maior universidade na península superior do Michigan.
Sendo a LA um ramo da linguística que se ocupa da utilização dos conhecimentos da mesma para “solucionar problemas”, está diretamente ligada à aplicação dos conhecimentos teóricos em problemas práticos da vida social a fim de solucioná-los, geralmente referentes ao processo de ensino e aprendizagem. Seria a aplicação de princípios científicos conhecidos a um problema prático, com a preocupação simultânea de desenvolvimento de novos princípios baseados em percepções desenvolvidas no estudo da solução. Segundo PARKER (apud Bohn), ciência pura ou básica que pode ser definida por uma investigação fundamental, teórica ou experimental que visa desenvolver o conhecimento científico não sendo a aplicação prática imediata um objetivo direto.
Por outro lado, segundo tal autor, a ciência aplicada seria dirigida ao uso do conhecimento gerado pela pesquisa básica para fazer coisas ou criar situações que servirão a um propósito prático ou utilitário. Esta dicotomia entre ciência pura e ciência aplicada surgiu em meados do século XVII, mas somente nos fins do século XIX, esses termos passaram a ser usados universalmente. O termo “aplicado”, não era bem visto por cientistas da época, pois estava ligado ao caráter utilitário. Somente depois da II Grande Guerra, as ciências aplicadas passaram a ser reconhecidas e passaram a usufruir de prestígio, tal qual as ciências puras.
Aqui no Brasil, a LA tem uma história recente, cujo início data das décadas de 670 e 80. A disciplina se disseminou principalmente através dos programas de pós-graduação e associações criadas visando o intercâmbio de pesquisa docente. A ciência pura, descreve o fenômeno mesmo sendo um problema relacionado à linguagem, só que o problema não será solucionado, apenas constatado; já a LA vai buscar a solução para este problema. Daí a distinção entre linguística versus LA. Existem alguns conteúdos da linguística que parecem se relacionar com a LA: primeiro, a explicitação de modelos descritivos; segundo, as metodologias usadas na aplicação do modelo descrição de algum problema linguístico específico ao nível morfológico,fonológico, sintático e semântico; terceiro, os resultados descritivos obtidos. Sendo assim, uma das tarefas do ensino de língua na escola seria, portanto, discutir criticamente os valores sociais atribuídos a cada variante linguística, chamando a atenção para a carga de discriminação que pesa sobre determinados usos da língua, de modo a conscientizar o aluno de que sua produção linguística, oral ou escrita, estará sempre sujeita a uma avaliação social, positiva ou negativa. Diante disso é necessário que o profissional de letras saiba reconhecer os fenômenos linguísticos que ocorrem em sala de aula, reconhecer o perfil sociolinguístico de seus alunos para, junto com eles, empreender uma educação em língua materna que leve em conta o grande saber linguístico prévio dos aprendizes e que possibilite a ampliação incessante do seu repertório verbal e de sua competência comunicativa, na construção de relações sociais permeadas pela linguagem cada vez mais democrática e não-discriminadora.
A LA tem uma forte relação com o ensino. Mas seria este o objeto dela? Será que o linguista trabalha só com problemas relacionados ao ensino de línguas? Será que esses problemas só são observados em línguas estrangeiras? Será que não se aplicam aos problemas da língua materna, em nosso caso, a língua portuguesa? Durante a leitura dos textos indicados e nas discussões em sala de aula, percebi que a disciplina em questão é muito mais abrangente do que simplesmente “aplicar a linguística”. Existem vários campos de atuação da LA, como: Uso de princípios linguísticos para objetivos práticos; realimentação da linguística, com aplicação de teorias e teorização sobre tais aplicações; sociolinguística; psicolinguística; neurolinguística; análise do discurso; conhecimentos implícitos e explícitos na aprendizagem de línguas; interação e ensino; tradução; bilinguismo; fronteiras lexicais; patologias da linguagem; produção de livros e materiais de ensino; programas de alfabetização e outros.
A Linguística Aplicada é abrangente e multidisciplinar em sua preocupação com questões de uso da linguagem. Ela tem um objeto de estudo, princípios e metodologia próprios, e já começou a desenvolver seus modelos teóricos. Dada sua abrangência e multidisciplinaridade, é importante desfazer os equacionamentos da linguística aplicada com a aplicação de teorias linguísticas e com o ensino de línguas. (cf. CAVALCANTI, 1986:09).

Inicialmente,a LA busca soluções para problemas relacionados à linguagem. É óbvio que ela procura, nas teorias linguísticas, conceitos e dados para suas investigações. Porém, ela não se alimenta apenas na linguística, mas também da sociologia, da psicologia, da antropologia, da etnografia e de todas as ciências relacionadas com a psicolinguística e com a sociolinguística.
Deve-se ressaltar que a LA busca subsídios teóricos em várias áreas de investigação relevantes. Portanto, nada mais natural do que observar os problemas relacionados à linguagem, dentro de uma perspectiva holística, isto é, considerando o homem como todo, inteiro centrado em si e em sociedade.
Analise a situação: Imagine uma família de japoneses morando no Brasil. Pai, mãe, avós, vindos de um país cuja língua não é o português. Eles já chegaram aqui falando sua língua e tiveram de aprender o português. Passaram a viver entre dois mundos: dentro de casa, com seu idioma nativo, já nas ruas, no trabalho, com vizinhos, tendo que falar português, que para eles, era uma língua estrangeira. Imagine que essa família teve filhos que aprenderam naturalmente a falar português e japonês e sabem usar tanto uma língua quanto outra em diferentes situações de comunicação. Para eles não existem uma língua mais importante ou com mais prestígio que a outra.
Essa por exemplo, é uma situação de bilinguismo, que também pode ser estudada e analisada pela sociolinguística. O filho do casal é bilíngue porque domina de maneira igualitária os dois idiomas. Além disso, apresentam valores sociais iguais, sendo que são usados de acordo com o ambiente em que o falante está. Então, como pôde constatar, o campo de atuação da LA é tão vasto, que nos permite trabalhar com todos os problemas que envolvam a linguagem, sob todos os aspectos. A LA é uma área de investigação de domínio próprio que tem como objetivo identificar e analisar questões de linguagem na prática dentro ou fora do contexto escolar.
Desta forma, é natural, também, adotar outros métodos e outros conceitos que estejam fora do campo da linguística para este tipo de observação. O que faz com que a LA tome de outras ciências conceitos e métodos é justamente a natureza subjetiva de seu objeto de estudo: a linguagem. Esta não é investigada em si e por si, conforme indicava o 7estruturalismo nos anos iniciais da linguística enquanto ciência, mas a língua e a linguagem em uso, dentro de
seu contexto, considerando o que faz parte dela, no seu funcionamento em sociedade.
Vejamos um pouco sobre as ciências e como elas se relacionam com a LA.
A Psicologia e a Sociologia: busca conhecer um pouco do comportamento humano, isso nos facilita a compreensão de padrões de uso da linguagem,
afinal a linguagem é uma das habilidades humanas motivada por comportamentos sociais e atitudes diante do mundo, do outro, da própria língua e de si mesmo. Na busca de soluções para problemas de linguagem, é importante considerar o que o comportamento do falante motiva em termos de realizações da língua e do uso da linguagem.
Para a antropologia, a cultura ocupa um lugar especial, pois o que o homem representa para o mundo, para outros povos, é o conjunto do que ele faz, pensa, acredita, gosta. Isso é a sua cultura. A língua também faz parte de sua cultura, desse mundo no qual ele vive, seus valores, costumes e crenças. Portanto, nada mais natural que, observar a língua de uma comunidade, observar sua cultura e a relação da língua com a cultura em si.
Na relação entre a LA e a etnografia é investigado dados acerca de uma população de uma nação ou de uma comunidade para observar como os aspectos organizacionais daquela comunidade podem interferir em aspectos linguísticos. Nesse tipo de trabalho, podemos contar com a ajuda da sociolinguística trazendo informações ou métodos que auxilie a análise do que está sendo observado.
Para a neurologia, que é um campo da medicina que tem por objeto de análise e investigação os mecanismos neurológicos do ser humano, estuda e diagnostica como o cérebro humano funciona, quais as zonas cerebrais que atuam em dadas situações. Por ser uma atividade mental, neurológica, a comunicação humana também é estudada no campo da neurologia, para explicar patologias, para identificar processos biológicos e químicos que interfiram na fala e na escrita no uso da língua em geral pode-se recorrer nas pesquisas neurológicas informações que auxiliem na análise e no estudo de um fenômeno da linguagem.
Felizmente o Brasil é um país rico em linguistas, e muitas pesquisas são feitas não só no campo da descrição linguística, mas também da aplicação dos conhecimentos investigados na educação e na sociedade. Com relação ao ensino de língua materna, podemos dizer que, atualmente, os estudos relacionados à aquisição de linguagem, a alfabetização, o letramento e as relações entre linguagem e trabalho são campos que dependem diretamente dos avanços de pesquisas em LA para o seu desenvolvimento.
Podemos afirmar que todas as línguas constituem formas preferenciais de identificação cultural no uso que dela faz o falante em seu quotidiano contribuindo para a realização do indivíduo como membro de uma comunidade, justificando assim, a importância atribuída ao ensino da língua materna. Com relação a aplicabilidade e funcionalidade da língua, a segunda parte dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de Ensino Fundamental para terceiro e quarto ciclos, chama a atenção para a maneira como são apresentadas as diferentes práticas de trabalho com a linguagem, cujo objetivo é desenvolver no aluno:
O domínio da expressão oral e escrita em situações de uso público da linguagem, levando em conta a situação de produção social e material do texto (lugar social do locutor em relação ao(s) destinatário(s); destinatário(s) e seu lugar social; finalidade ou intenção do autor; tempo e lugar material da produção e do suporte) e selecionar, a partir disso, os gêneros adequados para a produção do texto, operando sobre as dimensões pragmática, semântica e gramatical (p. 49).
A análise do discurso (AD) é o campo da linguística que, de um modo geral, estuda a maneira como a língua passa a ter significado quando está sendo usada. Seu objeto é, não só a língua em uso, mas sim a língua numa dimensão sócio-histórica - política. A LA bebe das fontes da AD quando passa a adotar conceitos desenvolvidos e aplicados neste outro campo. Entre esses conceitos, podemos citar a noção de sujeito. De maneira simplificada, sujeito é um “eu”, mas não um eu isolado. Ele é constituído de ideologias e representa um discurso coletivo, ou seja, sua identidade só se define através do que ele percebe que tem em comum ou diferente nos outros “eus” da sociedade. Assim ao observar como o professor de Português se identifica, e como o aluno e o livro didático veem o professor, parte-se do princípio de que a identidade é o que diferencia um sujeito do outro, não em termos físicos, mas em termos do que ele pensa, sente e acredita.
Diante de tantos métodos, tradicionais ou não, de tantas correntes pedagógicas e linguísticas, e da própria tradição gramatical, podemos analisar como a LA pode ser útil no planejamento e aplicação de uma avaliação coerente do que realmente interessa no processo ensino/aprendizagem de língua materna. O professor de língua materna avalia o aluno nos seguintes aspectos: adequação do conteúdo gramatical à produção oral e escrita do aluno; o grau de compreensão do aluno e a habilidade de adequar linguisticamente aos vários contextos e as diferentes situações de uso real da língua e, ainda, a atuação crítica do aluno na sociedade, através da construção do seu conhecimento e da sua cidadania, pela linguagem.
Outra forma que a LA pode ajudar é através da pesquisa que é um tipo de investigação realizado por pessoas em ação em uma determinada prática social sobre esta mesma prática, em que os resultados são continuamente incorporados ao processo de pesquisa, constituindo um novo tópico de investigação, de modo que os professores pesquisadores, estejam sempre atuando na produção de conhecimentos sobre a sua própria prática, envolvendo os processos de ensino / aprendizagem, no próprio ato de ensinar e aprender. A finalidade da pesquisa é permitir ao professor acumular evidências para desenvolver teorias sobre o que esteja pesquisando, por isso é muito importante a divulgação dos resultados através de relatórios, congressos ou seminários. É aí que entra a LA, na problematização do ensino de língua portuguesa, a partir dessas problemáticas, podemos desenvolver vários projetos de pesquisa.
Um dos aspectos da competência discursiva é o sujeito ser capaz de utilizar a língua de modo variado, para produzir diferentes efeitos de sentido e adequar a diferentes situações de interlocução oral e escrita. Segundo os PCNs de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental (1998, p.23) apontam qual a forma que a escola deve trabalhar com os alunos e, uma dessas competências a serem desenvolvidas, é justamente, a competência discursiva, nas quais estão envolvidas as competências linguísticas e estilísticas.
O ensino de Língua Portuguesa seguiu e ainda segue, em alguns contextos uma concepção de linguagem que não privilegia, no processo de aquisição e no aprimoramento da língua materna a história, o sujeito e o contexto (TRAVAGLIA, 2000), pautando-se, no repasse de regras e na mera nomenclatura da gramática tradicional.

Ao desenvolver essas competências, o aluno sabe como interagir verbalmente, isto é, por meio da linguagem, em qualquer situação com a qual tenha contato, adequando seus padrões linguísticos ao contexto e ao tipo de texto que produz nessa interação. Ele utiliza o código linguístico de acordo com a variante que é adequada ou não para a situação, verifica o grau de formalidade que a situação exige e, desenvolve o texto segundo o gênero cabível para o seu contexto.
Desta forma, espera-se que o aluno se posicione de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas; utilizar as diferentes linguagens verbal, musical, gráfica, plástica e corporal-como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação e por fim, saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimento. Segundo Fiorin (2005, p.17), “... a linguística não se compara ao estudo tradicional da gramática; ao observar a língua em uso, o linguista procura descrever e explicar os fatos: os padrões sonoros, gramaticais e lexicais que estão sendo usados, sem avaliar aquele uso em termos de outro padrão: moral, estético ou crítico. Dessa forma, a análise linguística inclui tanto o trabalho sobre questões da gramática quanto do texto, como coesão e coerência e principalmente a reescrita do texto, porém é claro que o professor pode organizar atividades, simultâneas ao texto, sobre aspectos do sistema da língua, compreendendo assim o fenômeno linguístico num conjunto. A pragmática também se relaciona com a LA e pode ser definida como o conjunto de modelos de estudo da linguagem que a tomam dentro de um contexto, observando aspectos culturais que fazem parte do processo de comunicação, podendo ser chamada de ciência do contexto. Justamente aí, na formação de nossa capacidade de dizer e de nos dizer, está o extraordinário poder da linguagem de potencializar nosso pensamento, de nos ensinar a pensar com alguma associação, por comparação-além de construir nossa história pessoal, nossa intersubjetividade, nossa identidade.

CONCLUSÃO


Apesar de a LA ser uma ciência jovem, segundo a visão da maioria dos autores aqui relacionados, nestas poucas décadas, ela tem produzido cada vez mais na forma das diversas pesquisas relacionadas à sua área de atuação em todo o mundo, fato este que pode ser comprovado pelo grande número de congressos, seminários, cursos, programas de pós-graduação, publicações especializadas e livros publicados que anualmente aumentam a participação da LA no campo das pesquisas humanas Ao traçarmos o perfil sócio-histórico desta disciplina, cujas bases parecem se encontrar na aplicação de teorias linguísticas ao ensino de idiomas em meados do século XX, entendemos melhor como ela evoluiu deste meio mais limitado para uma multiplicidade de contextos onde a linguagem é uma questão crucial. Além disso, ela passou a valer-se de mais do que a linguística para investigar os problemas de utilização da língua para variados fins e por uma variedade de usuários. No tocante a esta questão, foram vistos, por exemplo, as diversas possibilidades da LA em contextos tanto profissionais como educacionais, tais como o ensino/aprendizagem de língua estrangeira, o uso da língua na formação docente e as questões relacionadas. Esta evolução foi possível a partir do novo entendimento de que a linguagem é o instrumento que possibilita ao homem interagir e existir como ser social no mundo e que as línguas, facilitam a comunicação e o intercâmbio entre diversas culturas, disponibilizando para um maior número de pessoas, o conhecimento produzido em diversas partes do mundo. Perante tudo que foi dito neste artigo, podemos concluir que a linguística aplicada tem muito a oferecer a todos aqueles pesquisadores que se interessam por auxiliar o homem a compreender melhor como ele constrói o seu conhecimento linguístico e, por conseguinte, como ele cria e expressa a sua identidade no mundo e nas suas relações sociais, através do uso da linguagem em todos os contextos.



REFERÊNCIAS

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XAVIER, Antonio Carlos e Cortez, Suzana. Conversas com linguistas: virtudes e controvérsias da linguística. Rio de Janeiro: Parábola, 2005.


































8Dedico este trabalho primeiramente a Deus, grata pela força e persistência necessárias na realização do mesmo, à minha mãe por me ensinar o valor da educação e por me fazer uma pessoa corajosa e determinada; aos meus colegas de Pós-Graduação que, com seus posicionamentos, fizeram aprimorar o meu aprendizado, por fim, aos professores do IBPEX que ao longo do curso, me orientaram de forma segura, dando solidez ao meu aprendizado.



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